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Aumentar a confiabilidade: 5 indicadores de falta de manutenção
Como aumentar a confiabilidade? Cada pessoa é única, seu entendimento e experiências irão produzir reações e ações distintas para cada situação.
Então, como esperar um procedimento uniforme e correto sem ter processos bem definidos e documentados?
A equipe de manutenção necessita de um procedimento efetivo e repetível, que independa do humor do colaborador.
Um procedimento de manutenção bem definido e documentado servirá de base para o treinamento de competências necessárias da equipe de manutenção e, irá reduzir o risco de retrabalho e aumentar a segurança na execução das tarefas.
Se o objetivo da indústria é otimizar a confiabilidade dos equipamentos, então procedimentos efetivos e repetidos consistentemente serão necessários.
Assim como obter retorno (feedback) e efetuar acompanhamento contínuo dos procedimentos irão propiciar o engajamento e a redução de erros, tornando a melhoria contínua algo natural.
Buscar referências em melhores práticas de manutenção, seja de indústrias modelo de seu setor ou ainda de uma ajuda externa são caminhos indicados para a tarefa de estabelecer o melhor procedimento para a situação específica.
ÍNDICE ALTO DE MANUTENÇÃO CORRETIVA
Índices de manutenção corretiva fornecidos por instituições focadas na manutenção da indústria nacional, entre elas a ABRAMAN, dão conta de que atualmente a proporção de gastos com manutenção corretiva está entre 38% a 46%.
Isso indica que em elevada proporção as indústrias brasileiras são reativas e não têm uma estratégia de manutenção definida.
Esperam o maquinário falhar ou quebrar para, na urgência de evitar um desastre na entrega de pedidos, pagar o que for necessário para que o equipamento retorne ao seu funcionamento normal o quanto antes.
O que pode ser pior que ter pedidos para seus produtos e não conseguir entregá-los devido à quebra de maquinário?
Quanto mais alto o índice de manutenção corretiva, menos confiáveis serão os equipamentos.
Quando a abordagem da manutenção é reativa – quebra e conserta – pode-se dizer que toda a organização, do topo ao chão de fábrica, é reativa. Significa que não controla seus processos, nem seus custos.
Para aumentar a confiabilidade: custos de manutenção acima de 5% do RAV
O custo de manutenção em função do Valor de Reposição do Ativo (RAV) é uma métrica aplicada pela indústria americana desde a década de 1980.
O grande benefício da sua aplicação é comparar o custo de manutenção de indústrias de diferentes tamanhos e valor de ativos e, ainda, estabelecer um benchmark.
Se por exemplo o custo de manutenção for 20% do valor de reposição do ativo, significa que o dinheiro gasto em manutenção por ano, seria suficiente para adquirir uma planta nova a cada cinco anos.
Se esse percentual for reduzido para 5% levaria vinte anos de custos de manutenção para repor os ativos.
Portanto, quanto menor este índice, maior o retorno do capital inicialmente investido em maquinário, resultando num uso mais efetivo dos ativos.
Quanto maior o foco na manutenção corretiva, pior será esse indicador.
Daí que quanto mais alto o percentual de custos de manutenção em relação ao custo de reposição do ativo, pior a confiabilidade da fábrica.
Se não há pontualidade na entrega da produção, os motivos das falhas ou paradas precisam ser entendidos corrigidos.
De outra forma, restará somente a troca do ativo por um novo antes da indústria, com essa prática reativa, quebrar por ter custos altos demais e ser muito lenta para produzir.
MÉDIA DE TEMPO ENTRE FALHAS (MTBF) BAIXA
Do inglês Mean Time Between Failures, o índice MTBF é o que nome diz, o período médio entre falhas reparáveis do maquinário industrial.
Esse indicador mede a confiabilidade do equipamento e quanto mais alto for, melhor. A fórmula é a seguinte:
MTBF = Tempo de Operação (em horas)/Número de Falhas.
De forma geral, é um indicador usado para equipamentos críticos ou no conjunto de ativos.
Mais indicado para a indústria de processos contínuos, aquelas que fabricam lotes contínuos onde fica difícil diferenciar entre uma unidade e outra.
Muitas plantas petroquímicas se enquadram nessa categoria.
Na manufatura descontínua, ou seja, na fabricação de itens diversos indica-se o OEE (Eficácia Global do Equipamento).
Para medir o MTBF, é importante definir claramente as falhas e também o período de tempo.
De nada adianta utilizar uma métrica manipulada para que seu resultado seja bom e falso.
Para aumentar a confiabilidade de verdade
A MÁQUINA EM OPERAÇÃO, NA VERDADE, NÃO É CONHECIDA”.
O conhecimento do ativo instalado num parque industrial começa ainda no projeto.
No processo de aquisição, além da especificação do equipamento, seus manuais de operação e recomendações de manutenção preventiva deverão ser evidenciados e analisados.
Uma vez instalado o equipamento, ele passa a sofrer as consequências naturais do desgaste por uso.
Desalinhamento, desbalanceamento, falta ou inadequada lubrificação são alguns dos fatores que podem traduzir-se em falhas, cedo ou tarde. Assim, não contribuem para aumentar a confiabilidade, muito pelo contrário.
Por isso, monitorar essa máquina através de sensores de aceleração e temperatura e realizar análises espectrais regulares vai permitir que se faça o diagnóstico da falha potencial antes que ocorra.
Importante também saber onde especificamente onde o técnico deve posicionar dispositivos de monitoramento. Desse modo, haverá a leitura correta dos parâmetros relevantes, assim como a realização das manutenções proativas.
A indústria 4.0 tem muito a evoluir e se beneficiar, principalmente quando há o aumento da confiabilidade. Isto com tecnologias que visam o conhecimento do equipamento através da coleta contínua de dados da sua condição operacional.
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