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Manutenção preditiva para universalização do saneamento básico

21 de setembro de 2022

É possível melhorar o saneamento básico? Sim. Leia alguns caminhos para melhoria!

Historicamente, o Brasil é um país com rede de saneamento básico insuficiente. Isto é, tanto de distribuição de água quanto coleta e tratamento de esgoto.

Em valores aproximados, pouco mais da metade dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto em suas casas.

No sentido de ampliar a rede de distribuição, elevar a qualidade de vida da população e proteger o meio ambiente, o governo federal aprovou o novo Marco Legal do Saneamento Básico como forma de incentivar a entrada de novos agentes no setor, a iniciativa privada.

Com isso, a tendência é de que a concessão de contratos se torne altamente competitiva. Dessa forma, irão se destacar aquelas com maior confiabilidade e qualidade do produto final.

É nesse momento que a tecnologia aparece como um importante aliado.

Nesse texto, mostraremos os principais aspectos do novo marco regulatório. Além disso, como tecnologias como a da Dynamox para a manutenção preditiva podem trazer diversos benefícios para as empresas no setor. Acompanhe!

Rede de saneamento atual do Brasil

Ainda há quase 35 milhões de pessoas que não têm acesso à água tratada no Brasil.

Segundo o Instituto Trata Brasil, 100 milhões de brasileiros não possuem coleta de esgoto em suas residências.

Além do impacto social e sanitário da rede insuficiente de saneamento, há um claro e considerável impacto para o meio ambiente. Ao todo, 49% do esgoto brasileiro não é tratado.

Isso representa um volume de 5,3 mil piscinas olímpicas de dejetos jogados todos os dias na natureza.

Sob a perspectiva de um histórico recente, o cenário é ainda mais preocupante.

Conforme dados da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviço Públicos de Água e Esgoto (Abcon) e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sindicom), houve uma regressão no índice atendimento de água tratada em áreas urbanas. Enquanto isso, a coleta de esgoto em relação à água consumida teve um ligeiro crescimento.

Dados de 2015 e 2019 sobre a regressão no índice de atendimento de água tratada em áreas urbanas e índice de esgoto tratado referido à água consumida.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o Brasil enfrenta “a pior crise hídrica de sua história”.

Em 91 anos de monitoramento das bacias hidrográficas, o nível de chuva está bastante abaixo da média histórica. Além disso, os reservatórios que abastecem com água e energia as regiões mais populosas do país operam com 20% de sua capacidade.

Planejamento para o futuro

Com a finalidade de melhorar o preocupante cenário, o governo federal lançou em 2013 o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).

O objetivo principal da medida é alcançar, até 2033, a universalização dos serviços de saneamento. Isto é, 99% da população com abastecimento de água e 90% de esgoto coletado e tratado.

Para atingir a universalização, faz-se necessário um alto investimento na construção de infraestrutura. Além disso, é preciso a ampliação da rede atual de coleta, distribuição e manutenção dos ativos já instalados.

A estimativa é de que R$ 753 bilhões em investimentos sejam mandatórios. Isto é, de modo que o país atinja a universalização do acesso a saneamento. Assim, R$ 255 bilhões serão para recuperação da depreciação das redes e ativos existentes.

Estímulo à iniciativa privada

Para auxiliar o caminho até o objetivo da universalização do saneamento, sancionou-se no dia 15 de julho de 2020 o novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026).

Assim, a finalidade do novo marco é atualizar a legislação. Que deve incentivar a entrada de novos agentes no setor, elevar a competição e estimular ganhos de escala.

A principal regra é a obrigatoriedade da abertura de licitação para a concessão de estatais para o setor privado.

Além disso, há outras regras novas importantes:

  • não interrupção do serviço;
  • média de 30 anos de contrato;
  • regulação pela Agência Nacional de Águas (ANA)

A aprovação dessas duas novas legislações são um claro indicativo de que o setor ficará “aquecido”. Naturalmente, o mercado estará movimentado.

Com isso, espera-se que a partir do novo marco legal, a iniciativa privada aumente sua participação. Seja na coleta de esgoto quanto na distribuição de água tratada dos municípios.

Segundo a pesquisa Panorama 2021, as concessões privadas somam 33% do investido no setor. Ou seja, correspondendo a R$ 4,8 bilhões, de um total de R$ 14,8 bilhões.

Atualmente, há 191 contratos firmados com a iniciativa privada. Divididas nas modalidades de concessões totais ou parciais, Sociedade de Propósito Específico (SPE), Parcerias Público Privado (PPPs) e subdelegações.

Desses, 42% são em pequenos municípios – até 20 mil habitantes. E 22% de municípios com 20 mil a 50 mil habitantes, totalizando 7% dos municípios brasileiros.

Gráficos mostrando a participação da iniciativa privada na coleta de esgoto e na distribuição de água tratada nos municípios

Com a atualização da legislação e incentivo ao modelo de concessão, estima-se que a iniciativa privada atenda a 40% da população até 2030.

Saneamento básico: como as manutenções preventiva e preditiva podem auxiliar na universalização?

Com o crescente incentivo para que o setor privado invista no setor, é natural que a concorrência pelos contratos de concessão também se eleve.

Em um cenário de alta competitividade, irão se destacar as empresas que utilizam tecnologia de ponta em sua operação. Estas são capazes de garantir maior qualidade de serviço, maior confiabilidade e redução de custos.

Em geral, a empresa que assume uma rede pública de saneamento deve apresentar um Plano de Manutenção. O documento deve, portanto, passar pela aprovação do órgão público regulador responsável pela região.

A política de manutenção divide-se em três níveis: corretiva, preventiva e preditiva.

Empresas que possuem um plano bem definido de manutenção e que utilizam serviços de tecnologia da Indústria 4.0, como os sensores sem fio de vibração triaxial e temperatura da Dynamox, possuem uma vantagem competitiva.

Uso de sensores para monitorar ativos

Os sensores podem contribuir para o monitoramento de ativos. Por exemplo, dos rolamentos nos diversos tipos de motobombas e em redutores, equipamentos essenciais para o funcionamento de uma rede de saneamento.

Com eles, é possível monitorar e fazer prognósticos das condições do maquinário. Bem como, intervir com a manutenção antes que ocorra uma quebra ou interrupção do serviço.

Além desta, entre os principais benefícios do uso da tecnologia estão:

  • a confiabilidade e disponibilidade dos ativos operacionais
  • maior qualidade do produto/ serviço final
  • maximização da vida útil de componentes
  • capacidade de identificar com antecedência falhas que podem ocasionar desperdício de recursos e acidentes de trabalho 

A aplicação de uma solução tecnológica para monitoramento de vibração e temperatura, como a da Dynamox, pode ser combinada com a análise remota dos dados monitorados e recomendação de ações de manutenção.

Assim, não se faz necessária a contratação de um profissional especialista na análise de manutenção preditiva, a equipe da Dynamox pode cuidar disso.

A terceirização é uma prática comum para este tipo de serviço. Pois, não há a necessidade de o analista estar em campo, e a  coleta dos dados se dá de maneira automatizada. 

Se há disponibilidade de uma equipe de campo que possa cuidar da análise dos dados de vibração na concessionária, a Dynamox poderá simplesmente apoiar e capacitar esta equipe para extrair o melhor da tecnologia.

Em um estágio mais avançado de gestão de ativos, há a possibilidade de criação de um Centro de Monitoramento de Ativos. Este com acesso a Dashboards (painéis de gestão) customizados para  a visibilidade de ativos de diferentes unidades do mesmo contrato de concessão.

Dentre as vantagens desse modelo estão:

  • poder contar com uma equipe de análise de vibração altamente especializada;
  • estruturar as inspeções em campo através de aplicativo específico. Evitando, assim, a duplicação de tarefas e gerando maior controle sobre as rotas de manutenção
  • permitir a divisão dos custos de monitoramento entre todas as unidades participantes.

A tecnologia de monitoramento remoto para manutenção é aplicável em sistemas sanitários e industriais. E pode auxiliar, assim, o País no caminho para a universalização do saneamento.

Veja abaixo algumas das aplicações para o setor:

Aplicações do monitoramento remoto em sistemas sanitários e industriais

Manutenção preditiva e saneamento básico

O novo Marco Legal do Saneamento Básico surgiu como uma alternativa. Isto é, a inclusão do setor privado no fornecimento de saneamento busca que se alcance o objetivo do Plano Nacional de Saneamento Básico.

Com isso, a tendência é de alta competitividade por um contrato de concessão entre as empresas que atuam no setor. Além disso, para destacar-se das demais, o extensivo uso de tecnologia de ponta se faz necessário.

O monitoramento contínuo e sem fio aparece como uma tecnologia acessível. Além disso, apresenta repercussões altamente positivas para a concessionária fornecedora do serviço, consumidores e qualidade do serviço final.

A aplicação do sensoriamento como estratégia de manutenção preditiva tem potencial para melhorar o monitoramento da coleta e distribuição de saneamento. E, assim, evite desperdícios, colaborando para o meio ambiente, a sociedade e dignidade das pessoas.

Gostou de conhecer mais sobre as aplicações da manutenção preditiva e preventiva para os serviços de saneamento básico?

Continue a explorar as aplicações da tecnologia com esse ebook de dicas para extrair a disponibilidade máxima de maquinários.

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